Introdução
Dizem
que aquele que se diz sábio é o que menos sabedoria tem. Em razão disso ninguém
poderia ser considerado sábio, ou se fosse o caso, seria reconhecido pelos
outros, nunca podemos dizer “eu sou sábio”, pois seria algo como dizer “eu sou
perfeito”. Portanto a sabedoria seria assim como a perfeição algo a ser buscado
como um ideal, mas que aos mais conscientes, quase impossível de ser encontrada
de fato. Seria algo como um santo graal, um objeto de desejo que se busca para
que possamos ser melhores ainda que nunca encontremos o cálice inteiro.
Desde
os filósofos gregos até a atual psicologia, sempre foi valorizado a arte de
pensar de forma aprimorada. O que une a filosofia, a psicologia e a arte de
pensar ou sabedoria, reside no fato de buscarmos a melhor forma de ter um
“equipamento mental”, um conjunto de ideais mais sofisticados para enfrentar a
vida e seus desafios. Atualmente são muito comuns os livros de autoajuda, que
misturam conhecimentos científicos, estudos e pesquisas e opiniões daqueles
profissionais que acreditam ser os mais especializados para auxiliar as pessoas
com “problemas”. Toneladas de livros, estudos e milênios de filosofia poderiam
ser reunidas em um único livro? Quem seria o “louco” capaz de tentar reunir os
melhores preceitos em uma única obra?
Este
livro por outro lado não é um guia pela história da filosofia ou sabedoria,
pois o autor entende que já existem livros demais citando os grandes
pensadores. O que se tentou neste livro, foi simplesmente uma obra original, uma
coletânea de opiniões pessoais do autor, sobre o que mais importa na vida, e o
mesmo não se julgam sábio, mas que entende que por mais sofisticado que seja um
pensamento e mais embasado que seja um estudo ou pesquisa, tudo na verdade não
passa de uma questão de opinião e no final o que importa não é nem quem emitiu
aquela opinião, mas as ideias em si se são válidas ou não.
Se
o autor é sábio ou não, esse é o mistério principal, o fato é que o excesso de
humildade também é uma dificuldade, pois, aqueles que se julgam não saberem de
nada acabam fazendo pouco, e aqueles que julgam saber muito são os que menos
sabem. O autor ao menos busca a sabedoria como um cálice, um santo graal, se a
alcançou em algum momento, fica o mistério também. Boa leitura do “O Cálice do
Mago Sábio”.
Capa Provisória*
Possível lançamento Amazon.br (KDP) 2020.
Capitulo
3. A maior necessidade dos sábios:
A
sobrevivência (Moeda)
O
homem é um animal com instintos primários de sobrevivência. Por isso, seu
engenho desenvolveu-se primeiro e a alma depois, e o progresso da ciência está
bem mais adiantado que seu comportamento ético.
Charles Chaplin
Do
mais sábio ao mais ignorante, todo possuem as mesmas necessidades básicas de
sobrevivência. E na sociedade atual predominantemente capitalista é necessário
trabalhar ou ter capital para sobreviver.
O dinheiro em nosso mundo representa a nossa sobrevivência.
Os
mais jovens e menos sábios não ligam muito para as questões de sobrevivência
enquanto ainda são dependentes dos pais, uns por pouco tempo, outros por muito
tempo.
A
sobrevivência faz com a necessidade de pagar as contas, para ter um abrigo para
morar, meio de transporte, alimentação, entre outras necessidades, torne o
mundo um local de sofrimento e embate constante pela luta para estar vivo.
A verdade é que
as pessoas odeiam pagar as outras a não ser que realmente precisem pagar.
Em países mais ricos há mais necessidades atendidas, que vão do lazer e
hobbies, viagens, em países mais pobres,
como o dinheiro é mais curto as pessoas costumam gastar realmente quando são
obrigadas a fazer isso, como gastos com alimentação, saúde e transporte que
tomam grande parte da renda.
Mas
afinal o que a sobrevivência tem a ver com sabedoria?
R:
Tem tudo a ver, isso porque as necessidades básicas impactam diretamente na
nossa forma de agir e de pensar, quais caminhos trilharem entre outros efeitos
importantes.
Se
o sábio não tem uma espada boa (sinceridade) e segue conselhos (caminhos)
errados ou os menos adequados para si mesmo, é bem capaz que com a pressão da
necessidade de sobrevivência, tenha escolhido a profissão errada, casado com a
pessoa errada, e ainda terá que
sobreviver fazendo o que odeia, quando na pior das hipóteses não tenha ido
para o lado do mal (prejudicando a si e aos outros), o que não é nada sábio.
Portanto
a pressão da sobrevivência joga não só as pessoas, como instituições, empresas,
ramos religiosos e países uns contra os outros, às vezes até levando a guerras
nos casos mais extremos.
Há
aqueles que acreditam que o caminho mais sábio a seguir é o de negação das
necessidades, a busca da felicidade com o menos possível, ter uma vida ascética
(fazendo auto sacrifícios e vivendo numa forma de vida hippie meio ascética isolada da sociedade).
Há
sabedoria nesses caminhos, se eles forem sinceros consigo mesmo. Se a pessoa
não é dessa forma, sair da sociedade negando várias necessidades não só será
ruim como fará a pessoa sofrer muito, ainda, mas se ela acreditar que a
felicidade é uma questão de comparação com as outras pessoas, ainda que não
assuma isto conscientemente.
Geralmente
as pessoas se sentem felizes quando se comparam com as outras e veem que possui
algum recurso a mais que os outros em geral. Geralmente as pessoas se comparam
com os mais próximos em primeiro lugar, familiares, amigos, depois
desconhecidos da mesma região, país, etc...
Por
exemplo, um americano pode se achar extremamente pobre, mas se for comparado
com outras partes do mundo o pobre de lá será ainda considerado rico, mas a
pessoa lá será infeliz, pois ela não quer saber se para outros países ela é
rica, o que importa é que com as pessoas que ela convive e se compara (ainda
que inconscientemente) ela é pobre.
Outros
ainda não se sentem bem nem sendo ricos, pois na verdade nós nos acostumamos
com nosso próprio padrão de vida. Às vezes a pessoa sai todo dia come em
lugares bons, mas que para a pessoa é tão comum que a pessoa não vê nada de
diferente no próprio modo de vida. Neste ponto às vezes as outras pessoas tem mais noção do nosso padrão de vida do que nós
mesmos. Daí muitos dizem:
-
Nossa! como você está bem (levando em consideração onde mora, salário estimado,
veículos, etc...)
E a própria pessoa se nega respondendo:
- Você está doida estou super mal (lembrando
das próprias dívidas por exemplo, a própria pessoa só vê o lado ruim (pagar) e
as outras só vem o lado bom (receber))....
O
fato é que a sobrevivência impacta de forma substancial no modo de vida de
todas as pessoas. Os menos sábios pensarão pouco em qual caminho seguir, logo
serão jogados pela vida na pressão da sobrevivência em profissões da qual não
gostam e terão que conviver com suas escolhas.
Os menos sábios
ou tolos só pensam na sobrevivência quando já é tarde demais para estudar,
arrumar um emprego melhor e em vez de escolher uma profissão, muito das vezes é
obrigado pela vida a não fazer escolha de como sobreviverá (simbolizado pela
moeda).
Os
sábios levam em consideração a pressão da sobrevivência das pessoas, empresas,
países, e levam em conta que terão que tomar decisões sábias ou não em relação
à busca por dinheiro (moeda), para atender as próprias necessidades, sabendo
inclusive que podem acontecer imprevistos no meio da jornada e às vezes até mudar os meios de sobrevivência.
Aos
jovens atuais, não será improvável que áreas inteiras sumam devido a evolução
da inteligência artificial, então as vezes muitos terão que mudar os meios de
sobrevivência uma ou até mais vezes.
Os
jovens que são mais sábios, mesmo não tendo a pressão da sobrevivência batido a
porta na forma de várias contas para pagar, ouvem os pais, no sentido de que é
melhor se preparar antecipadamente para encarar a vida, do que ver a vida te
obrigando a encará-la de qualquer jeito.
Por
isso os jovens que são sábios valorizam seu tempo, escolhendo o que irá
realmente auxiliá-los no futuro, como os estudos entre outras coisas como
esportes que aguçam o senso de dever, competição justa com regras pré-estabelecidas,
ética e disciplina, já os menos sábios perdem o tempo de forma indolente com
jogos ou desperdício de tempo como a preguiça dormindo, ou fazendo coisas
inúteis.
O
fato é que perder o tempo com coisas inúteis não é algo muito sábio a ser
feito, ainda que muitos de nós façamos isso às vezes com maior ou menor
intensidade. A grande diferença entre os sábios e os tolos, é que os sábios
se antecipam e se preparam aos problemas, enquanto os tolos só encaram os
problemas quando eles batem a porta. E por incrível que pareça muitos dos
que não são sábios e são tolos, só vão pensar em como conseguir um dos mais
importantes itens do seu inventário as moedas (dinheiro/créditos/saldo
bancário) quando não há mais tempo hábil para se preparar da melhor forma para
sua jornada da vida.
Outro
conselho sábio em relação à moeda (recursos financeiros) é guardar e investir a
maior parte que se conseguir da sua renda. Gastar tudo que se tem não fazer
planejamento financeiro, seja com orçamentos ou previsão de gastos, pode fazer
a pessoa perder sua liberdade e sua paz.
Isto
porque dependendo da nossa sorte ou azar na vida, teremos sempre que enfrentar
imprevistos que por natureza não sabemos quais serão. Desta forma, ter recursos
guardados e fazer sempre planos casos nossos objetivos não deem certo sempre é
mais sábio do que se endividar ou ficar com poucas reservas.
O
dinheiro neste caso é como se fosse um escudo que blinda a pessoa sábia. Não
devemos guardar dinheiro para ostentar ou humilhar os que não têm tanta habilidade
em conseguir dinheiro, ou conquistar seus objetivos, temos que usar nossas
reservas com sabedoria, se possível investir para ampliar nossas moedas.
Podemos
afirmar sem medo de estarmos errados, que saber lidar ou como criar uma vida
financeira saudável é um dos principais objetivos da nossa vida e temos que
concentrar todos nossos esforços de vida para conseguirmos conquistar nosso
saco de moeda com sabedoria e se possível ampliarmos nossa proteção financeira,
pois ela está diretamente ligada com nossa sobrevivência.
Esse
conselho pode parecer extremamente óbvio, mas há pessoas extremamente
inteligentes que não pensam nisso desta maneira. Fazem apenas coisas que
gostam, mas, que nunca terão retorno
financeiro.
Não
estamos dizendo que um sábio necessariamente precisa ser rico, apesar do sábio
não atrelar seu ego ao tamanho do seu saco de moedas (saldo da conta bancária),
ter recursos financeiros é mais sábio do
que não ter, pois a vida é cheia de imprevistos e aqueles que gastam seus
recursos rapidamente podem se vir em situações caóticas, podendo inclusive
perder o local onde mora, ficar sem ter o que comer, sem luz, sem água, sem
internet, sem meio de locomoção, sem ter o que vestir, enfim, ter dificuldades
essenciais impensáveis para aqueles que têm uma quantidade de dinheiro
satisfatória que podem inclusive a falta de dinheiro em alguns casos extremos levar a morte.
Embora não seja sábio dedicar somente sua vida
para acumular bens materiais, apenas estudando, se preparando para trabalhar,
seja como empreendedor, autônomo, empregado ou funcionário público, também não
é sábio nos negligenciarmos na busca pelas moedas, pois, os recursos
financeiros é uma espécie de sangue
vital do mundo material ou ainda um “poder invisível materializador” que
transforma nossos desejos e necessidades materiais em realidade.
Não
devemos achar que o dinheiro nos fará felizes, dinheiro só serve para
satisfazer necessidades materiais. Ser rico não te fará necessariamente feliz,
já que temos várias outras necessidades além das de sobrevivência, tais como as
psicológicas (ser admirado, respeitado por amigos e familiares) necessidades
sociais (ter amizades verdadeiras) ter fama (se destacar publicamente por algum
motivo especial) ter poder (tomar ou influenciar decisões importantes no
condomínio, cidade, país ou mundo) e ser vitorioso (ter uma imagem de pessoa
que alcança as metas) e espiritualizado (ter um relacionamento com o mundo
invisível, com o Cosmos, Deus, Inteligência Universal, elos espirituais) ou
ainda os mais elevados que são altruístas e tem objetivos globais (a busca pela
paz mundial, a busca pela melhora das instituições globais, ajudar o próximo
sem expectativa de retorno, etc...) e também a autoadmiração (como a pessoa se
vê e se respeita pelas suas virtudes, se é, por exemplo, disciplinado tão
quanto gostaria, se seu peso corporal está dentro do padrão saudável).
Uma
pessoa pode ser rica e, por exemplo, estar insatisfeita com o próprio corpo,
com a falta de disciplina entre outros inúmeros fatores.
Em
relação a todas estas necessidades citadas, e outras mais que possam existir,
já que é somente um exemplo, o dinheiro pode facilitar, mas, não é garantia de
sucesso nessas outras áreas da vida.
O
que o dinheiro pode fazer apenas é evitar uma série de problemas relacionados à
sobrevivência imediata. O dinheiro
compra mais de 95% dos itens do inventário do mago capazes de nos proteger do
frio, calor e tempestades (moradia fixa ou móvel), nos dá alimento e água,
meios de defesa em relação a inimigos (blindagem de veículos, muros, cercas,
sistemas de segurança, armas, coletes, muros e moradias fortificadas), podemos
comprar conhecimento (investir em estudos que nos garantirão recursos no
futuro, seja no setor privado ou público), enfim não é preciso discorrer que
ter recursos financeiros faz o mago ampliar o seu poder de materialização de objetos que atendem as suas necessidades básicas.
Esse é o poder do saco de moedas do mago (saldo da conta bancária).
A
melhor forma de ganhar moedas é identificar rapidamente nossas qualidades e
habilidades e ter disciplina para aprimorar nossas habilidades.
Isto
porque em se tratando de luta pela sobrevivência, no mundo material a regra
dominante no mundo vivo, animal e humano é a teoria da evolução identificada
por Charles Darwin. Tudo no mundo material depende desta teoria de que só os
mais aptos sobrevivem.
Esta
lei se aplica as moedas (Economia), A política, as Relações Internacionais, a
Tecnologia, a Filosofia em várias áreas complexas. Quase tudo que é produto do trabalho e engenho humano estará competindo
para sobreviver com um oponente ou adversário em algum momento.
Por
exemplo, se crio uma inovação, seja uma patente ou direitos autorais seja qual
for essa tecnologia, ela terá que ter os próprios méritos e terá que “lutar”
para sobreviver (ou seja competir com outras ideias).
É
bem capaz que outras empresas e inventores criem novas inovações ou até mesmo
transformem minha inovação em algo obsoleto rapidamente. Por isso nos estudos,
invenções, ideias, ideologias, teorias científicas, todas elas serão
bombardeadas por outras ideias de outras pessoas e só as mais aptas e fortes sobrevivem.
Assim
se eu for empresário, irei competir para sobreviver no meu mercado, se for
autônomo irei prestar o serviço e competir com outros profissionais autônomos,
se for funcionário público irei concorrer com outros candidatos, em quase todas
as áreas iremos competir de alguma forma
com alguém, algo ou alguma coisa.
Desta
forma a melhor forma de conseguir ganhar dinheiro, e encher nosso saco de
moedas (saldo bancário) é fazermos ao mesmo tempo algo útil para a sociedade,
ou seja, criar valor para a sociedade,
e se possível fazermos algo que apreciamos muito. Afinal iremos dedicar a maior
parte de nossas vidas ao trabalho e estudos da área que escolhermos, e dessa
forma a melhor forma de competir é não
ter que competir.
Se
você faz o que gosta, irá ler uma informação atualizada andando na praia de
manhã, irá ler um artigo no domingo depois do almoço, ninguém consegue competir
com aqueles que naturalmente amam o que
fazem.
Desta
forma o estudo não é penoso, as notas serão altas naturalmente, e após se
formar o profissional prestará o melhor serviço possível, não porque se
esforçou, mas porque está
naturalmente no caminho certo.
Quanto
antes o jovem procurar entender como será seu relacionamento com as moedas do
seu inventário, um dos itens mais importantes de sua jornada, melhor e mais
sábio será e menos problemas terá em sua vida. Sabendo que ter moedas não será
o único objetivo de sua vida e nem o único caminho que te levará a felicidade,
o maior objetivo e busca de todos os magos sábios.
Mas
se você perguntar para um sábio:
Aprendiz.:
- Mestre como vou sobreviver?
O
sábio provavelmente irá te responder:
Sábio.:
- Não sei, só sei que a sobrevivência é
muito difícil seja qual forma você escolher terá que tomar decisões difíceis.
Se for empresário terá que lutar pela sobrevivência da sua empresa, se for
empregado, terá que lutar pela sobrevivência de não ser despedido, se for
autônomo terá que confiar ainda mais nas próprias capacidades. Se quiser
trabalhar para o governo terá que competir com outros candidatos. Seja qual
forma de sobrevivência escolher, saiba de antemão que não será fácil, e muita
das vezes terá que tomar decisões que irão contra seus próprios princípios,
quanto menos sábio for mais difíceis essas decisões serão.
Ap.:
- Mas mestre...
Sab.:
- O que?
Ap.:
- Continuo sem saber como sobreviverei...
Sab.:
- Infelizmente não posso te ajudar, pois só você saberá a resposta se for
sincero consigo mesmo. Posso te dar a ferramenta: Prepare-se com antecedência
para a sobrevivência, pois aqueles que deixam tudo para última hora são os que
correm mais riscos de fracassarem. Mas leve uma quantidade suficiente de moeda
com você e cuide bem delas que elas serão importantes na sua jornada. A moeda é
o poder invisível em nossa sociedade que transforma no mundo material suas
necessidades em soluções. Seja sábio e tente ganhar e gastar com sabedoria suas
moedas em sua jornada.
Fonte:
PELEGRINI, Chester Martins. Capítulo 3: A maior necessidade dos sábios: A
sobrevivência (Moeda) do E-book: O
Cálice do Santo Graal do Mago Sábio: A meta primordial da vida: manter o Equilíbrio
e Sabedoria no caos do mundo atual. Lançamento provável Amazon KDP 2020.
Autoajuda para adolescentes e adultos em geral em busca de mais sabedoria.
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